A utilização do álcool como combustível automotivo no Brasil começou a segunda metade da década de 1970, quando o mundo amargava os efeitos da crise do petróleo. Então o governo brasileiro implantou o Proálcool (Programa nacional do Álcool), baseado em incentivos fiscais e outras formas de subsídios oferecidos aos produtores de álcool (usineiros) e às indústrias automobilísticas. O Proálcool possibilitou a oferta de veículos e combustível mais barato aos consumidores. O governo acreditava numa gradativa substituição do veículo a gasolina pelo veículo a álcool. De fato, na segunda metade da década de 1980, as vendas de carros a álcool chegaram a dominar o mercado de veículos. A euforia do Proálcool contribuiu para o agravamento de alguns problemas , entre os quais , a elevação da dívida pública (pois com os fartos subsídios governamentais - isenção fiscal e empréstimos a juros abaixo das taxas de mercado - a União passou a arrecadar menos) e a substituição de grandes extensões de pequenas propriedades agrícolas de alimentos por grandes latifúndios monocultores de cana-de-açúcar , o que agravou a questão fundiária no Brasil. No início da década de 1990 , a queda do preço do petróleo diminuiu a diferença entre o preço do álcool e da gasolina. Coma gasolina mais acessível e as constantes cries de abastecimento de álcool - os usineiros passaram a priorizar a produção de açúcar para mercado internacional , que se mostrava mais lucrativo que o mercado interno - , o Proálcool começou a cair do descrédito dos consumidores e dos fabricantes de veículos , que retornaram para os carros movidos a gasolina. Atualmente , com o lançamento de automóveis "flex-power", modelo que funciona com os dois tipos de combustíveis - gasolina e álcool -, a produção de álcool foi revigorada . O setor pode vir a contar com a criação de um novo programa e com a volta dos subsídios governamentais. Contribui também para a criação de um "novo proálcool" o potencial de exportação de álcool combustíveis para o Japão, a Índia e o Estados Unidos , países que já manifestaram interesse em comprar o produto do Brasil. Em 2003, a produção brasileira respondia por cerca de 30% da produção mundial. Em 2005, com a entrada em vigor do protocolo de Kyoto , o mercado de álcool combustível amplia ainda mais as suas possibilidades de exportação para países que têm compromisso em reduzir suas emissões de gás poluente e cumprir as metas estabelecidas pelo protocolo.
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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019
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