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segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Rumo À Democracia

Em 594 a.C , os aristocratas nomearam Sólon, um poeta, chefe executivo com o intuito de solucionar a crise e evitar o conflito. Ele sustentava que os ricos proprietários de terras com sede de poder haviam destruído a vida da comunidade, levando Atenas às portas da guerra civil. Limitou o tamanho das propriedades, libertou os atenienses escravizados por dívidas, permitiu que todas as classes, até mesmo os mais pobres, participassem da Assembléia e abriu os postos mais altos do Estado aos ricos comerciantes, que anteriormente haviam sido excluídos por não pertencerem à aristocracia agrária. Ao franquear a Assembléia a todos os cidadãos homens e ao tirar os cargos do domínio exclusivo dos grandes proprietários de terras, Sólon enfraqueceu os direitos da aristocracia hereditária e deu inicio à transformação de Atenas de uma oligarquia aristocrática em uma democracia. Ao completar suas reformas , renunciou ao cargo por recusar-se a usar seu prestígio para se tornar um tirano. A tirania era comum nas cidades- Estado gregas. Os tiranos geralmente apareciam como defensores dos pobres em sua luta contra aristocratas. Indício de que o governo devia levar em consideração as necessidades de toda a comunidade. As reformas de Sólon não eliminaram as disputas entre os clãs aristocráticos nem diminuíram o descontentamento dos pobres. Psístrato (560-527 a.C.) outro aristocrata , tentou tirar partido da instabilidade geral para se tonar um tirano. Depois de fracassar em duas tentativas, tomou o poder em 546 a.C. E exilou os aristocratas que se opuseram a ele. A fim de conquistar o apoio do povo, Psístrato mandou que se instalassem canais para aumentar o abastecimento de água em Atenas e distribuiu terras confiscadas de aristocratas exilados aos camponeses pobres. Essa opção de percurso político fez com que, em seu governo, o monopólio político das famílias aristocráticas fosse eliminado de uma vez por todas. Os aristocratas continuaram a manter os cargos mais importantes , mas agora eram cada vez mais servidores do Estado, e não a um grupo que via o Estado como instrumento para atender as suas necessidades. Psístrato estabeleceu fortes incentivos à vida cultural. Realizou grandes projetos arquitetônicos, organizou recitais das epopeias de Homero e instituiu festivais que incluíam representações dramáticas. A cultura , antes privilégio da aristocracia, estendeu-se aos homens comuns. Sua política cultural acabaria por elevar Atenas à capital cultural dos gregos. Ao enfraquecer ainda mais o poder da aristocracia agrária, Psístrato tornou possível a instauração da democracia , estendeu-se aos homens comuns. Sua política cultural acabaria por elevar Atenas à capital cultural dos gregos.  Ao enfraquecer ainda mais o poder da aristocracia agrária, Psístrato tornou possível  a instauração da democracia com seu sucessor: Clístenes (508-507 a.C.). Por meio de um método de redistribuição de cargos do Estado, Clístenes Pôs fim à tradicional prática de competição pelos cargos entre os clãs aristocráticos. Para proteger a cidade contra a tirania, introduziu a prática do ostracismo. Uma vez por ano concedia-se aos atenienses a oportunidade de inscreverem num caco de barro (ostrakon) o nome de qualquer pessoa que, para eles, representasse perigo ao Estado. Um indivíduo contra o qual se apurasse um número suficiente de votos era ostracizado , isto é, forçando  a deixar Atenas durante dez anos. A assembléia , que Sólon abrira a todos os cidadãos do sexo masculino, exceto os escravos e os estrangeiros, estava prestes a tornar-se a suprema autoridade do Estado. Nela, a palavra tornara-se o principal instrumento político.  Todas as questões de interesse geral eram submetidas à arte da oratória , ao exercício da linguagem.


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