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domingo, 10 de dezembro de 2017

Nações e Nacionalismo


Definir objetivamente o que é nação e nacionalismo tem sido um fracasso. Para qualquer definição sempre é possível encontrar uma exceção. Os critérios como língua, etnicidade e território têm se mostrado inúteis. O historiador Eric Hobsbawm trabalha com a seguinte hipótese: qualquer corpo suficientemente grande de pessoas que se consideram membros de uma nação . Para elas quem estava fora da comunidade nacional era considerado inimigo. Normalmente, os nacionalistas demonstram grande orgulho pela história e pelas tradições de seu povo e muitas vezes julgam que sua nação é escolhida por Deus ou pela História. Tal como religião, o nacionalismo daria ao indivíduo um senso de comunidade. Desse modo, no século XIX , momento em que o cristianismo se fragilizava , o nacionalismo retomava sua força. Esse sentimento nacional criava novos mitos , mártires e dias "sagrados" que estimulavam a reverência. A Revolução Francesa estabeleceu o princípio de que a soberania derivava da nação , do povo como um todo - Estado não era propriedade particular do governante , mas a incorporação da vontade de seus habitantes. O Estado-nação era propriedade particular do governante , mas a incorporação da vontade de seus habitantes . O Estado-Nação estava acima do rei, da Igreja , da classe política , da corporação , da província ; superior a todas as outras lealdades. Bem diferente do internacionalismo religioso, que a Igreja impunha ao mundo medieval  ou das casas reais europeias , durante a Idade Moderna , em que um nobre nascido na Inglaterra podia assumir o trono francês ou um austríaco , o trono espanhol, por meio de casamentos ou alianças. No início do século XIX, os liberais tentavam interpretar o nacionalismo. Consideravam a luta pela soberania nacional uma extensão da luta pelos direitos do indivíduo. Não podia haver liberdade , afirmavam os nacionalistas, se as pessoas não fossem livres para ter um governo próprio em sua própria terra. Os liberais nacionalistas reivindicavam a unificação da Alemanha e da Itália , o renascimento da Polônia , a libertação da Grécia do domínio turco e a concessão da autonomia aos húngaros pelo Império Austríaco; almejavam , enfim , uma Europa com Estados independentes com base na nacionalidade. Em 1829 , a Grécia conquistou sua independência . O sistema de Metternich , que visava preservar os ajustes territoriais feitos no Congresso de Viena e proteger os governantes tradicionais contra as revoluções liberais e nacionalistas, tinha sido violado. O sucesso dos gregos encorajou liberais em outras terras. Entretanto, apesar das violências cometidas pela expedição portuguesa , os franceses continuaram  com suas atividades na costa brasileira. A exploração do pau-brasil , como todas as atividades comerciais ultramarinas de Portugal , era considerada monopólio do rei. Isso significa que só poderia dedicar-se a essa atividade quem obtivesse uma concessão da Coroa , que cobrava pelos direitos concedidos. Em 1504, Fernando de Noronha , associado a alguns comerciantes judeus , foi concessionário exclusivo da exploração do pau-brasil. Depois dessa data , a exploração da madeira foi sempre feita por diversos traficantes. Embora o Brasil continuasse a exportar pau-brasil até o início do século XIX, o negócio deixou de ser interessante após as primeiras décadas de comercialização. Já em 1530 , as matas do litoral estavam praticamente esgotadas.


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