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quarta-feira, 28 de março de 2018

O Brasil E As Migrações Internacionais


O Brasil foi um país de imigrantes. Primeiramente foi ocupado pelos portugueses e pelos escravos africanos (imigração forçada). Entre 1850 e 1934 ocorreu a maior entrada e imigrantes no país , os quais vieram espontaneamente da Europa, no auge da agricultura cafeeira no território brasileiro. Os principais grupos que entraram no Brasil , em toda a história da imigração espontânea , foram os portugueses, italianos , espanhóis , alemães e japoneses. Além de os imigrantes constituírem mão-de-obra para a lavoura cafeeira, após a proibição do tráfico de escravos em 1850 Lei Eusébio  de Queirós) , vários grupos , principalmente alemães e italianos foram utilizados para a colonização da atual região Sul do país . Essa migração tornou-see mais intensa com a abolição da escravatura , em 1888. A partir de 1934  foi estabelecida a Lei de Cotas , restringia a imigração a números modestos , com  exceção apenas para os portugueses. A crise da economia cafeeira , associada  á crise mundial de 1929, tornava a Lei de Cotas um instrumento de contenção à entrada de mão-de-obra estrangeira no mercado de trabalho, já bastante pressionado pelos desemprego interno. Mesmo assim, o Brasil continuou recebendo imigrantes , embora numa proporção bem menor em relação à fase anterior. A partir da década de 1940 , a entrada de imigrantes esteve muito ligada á conjuntura da Segunda Guerra Mundial e os principais grupo foram os povos mais afetados  pela circunstâncias da guerra: judeus , poloneses, japoneses , chineses , entre outros. Na década de 1970, muitos angolanos  e moçambicanos de ascendência portuguesa  que perderam seus privilégios  com a descolonização desses países , escolheram o Brasil para retomar suas vidas. A partir do final do século XX, sobretudo nos anos 1990 , o país passou a receber imigrantes peruanos , bolivianos , coreanos e chineses . Muitos vivem  em situação deste século ,mais de 100 mil pessoas recém chegadas desses países. Com  vistos vencidos e vivendo na clandestinidade , esses imigrantes não podem trabalhar com certeira assinada , adquirir casa própria , montar o seu negócio. São camelôs e empregados de indústrias de confecção, muitas das quais funcionam ilegalmente. Nessas confecções situadas na cidade de São Paulo , muitos imigrantes trabalham em regime de semi-escravidão , com jornada de trabalho que chega a 17 horas diárias e um rendimento inferior ao do salário mínimo estabelecido no país.


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