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segunda-feira, 5 de junho de 2017
A Doutrina de Segurança Nacional
Com o fim da Segunda Guerra e o início da Guerra Fria, os Estados Unidos se viram alçados ao posto de potência hegemônica no bloco ocidental. Em 1745, fundaram o National War College (Colégio Nacional de Guerra), com o objetivo de integrar militares , industriais e o governo numa concepção de segurança nacional de adequada à nova realidade mundial. Uma missão militar brasileira foi enviada para estudar a experiência do NWC ainda no governo Dutra. Em 1949, foi fundada no Brasil, a Escola Superior de Guerra (ESG) , com a orientação de uma missão militar norte-americana , que apoiou a instituição até 1960. Estudando os aspectos políticos , diplomáticos, econômicos e sociais do mundo, a ESG dedicou-se a formar altos oficiais das Forças Armadas como uma vanguarda preparada para dirigir o país, se fosse preciso. Por ela , passaram figuras de grande importância na política nacional, como os generais Juarez, Golbery do Couto e Silva , um dos principais ideólogos da implantação do regime militar brasileiro, e Humberto de Alencar Castelo. No início do anos 1960, a ESG e sua Doutrina de Segurança Nacional passaram a ser um ponto de convergência, por onde também circulavam empresários, intelectuais e políticos civis.
A DSN partia do princípio da existência de uma guerra global contra o comunismo internacional. Como parte do Ocidente cristão , o Brasil devia aliar-se ao bloco ocidental, sob a liderança dos Estados Unidos. Logo após o golpe militar , esse ponto da doutrina foi atendido , com o rompimento de relações com a URSS e Cuba e a extinta da lei que , desde 1962, limitava a remessa de lucros para o exterior , beneficiando, sobretudo , as empresas americanas instaladas no país. Todavia, mais do que um estratégia externa , a DSN pressupunha que a política interna era uma continuação da guerra. A noção de inimigo interno levava os defensores da doutrina a considerar os conflitos sociais e a mobilização das massas como estratégias do consumismo internacional. Com uma proposta que englobava questões políticas , econômicas e militares, cabia ao Estado , representado pelas Forças Armadas , sobrepor-se aos embates sociais e garantir a construção de uma nação homogênea, sem divergências internas, onde o crescimento econômico surgisse como garantia da Segurança Nacional.
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