Você já deve ter ouvido essa expressão diversas vezes. Na geografia , ela se refere às relações entre os lugares mais distantes e diferentes do mundo. As informações circulam de forma instantânea mesmo quando consideramos lugares da Terra situados a milhares de quilômetros de distância uns dos outros. As notícias são atualizadas em tempo real, trazendo novos dados sobre economia, política, esportes , música e cinema, e informando sobre conflitos, problemas ambientais, acidentes , etc. Funcionários de empresas de investimentos espalhadas ao redor do globo acompanham ao vivo o desempenho das ações , das cotações das moedas nacionais , dos títulos públicos de diferentes países e, em questão de segundos , transferem milhões de dólares de um país para outro, várias vezes ao dia. Informações de natureza diversa - desde uma simples mensagem de feliz aniversário até a transferência de valores monetários, passando por teleconferências , aulas virtuais , solicitação de compra de mercadorias- circulam pelo telefone e pela internet, em escala planetária. Num mundo tão desigual como o nosso , esse avanço tecnológico surpreendente não é acompanhado por todos os povos: Uma parte da humanidade ainda não teve acesso à energia elétrica , vive em condições precárias e não consegue produzir o mínimo para garantir a sua sobrevivência . Apesar disso, essas novas tecnologias conferem , para os que têm acesso a elas, novas formas de relações entre pessoas , empresas e países , alterando os modos de se comunicar , de trabalhar , de perceber o mundo e de viver.

Essa circulação instantânea das informações é apenas um aspecto da organização do espaço mundial neste início de século XXI, repleto de problemas no âmbito das relações econômicas , sociais e políticas , entre pessoas , empresas e países. Compreender o espaço geográfico mundial significa entender as formas de organização econômica , política e social que orientam as relações da sociedade com a natureza e as relações entre os homens.