As regiões situadas em grandes profundidades oceânicas, que não recebem a luz do sol, formam o sistema abissal. Os animais dessa área são predadores ou se nutrem de matéria orgânica vinda da superfície. Os peixes medem apenas alguns centímetros e apresentam várias adaptações que lhes permitem enfrentar a escassez de alimentos e de parceiros sexuais, visto que a densidade populacional é pequena. Por exemplo, a boca é muito desenvolvida em relação ao corpo , o que lhes permite ingerir grande quantidade de alimento de uma só vez e lhes dá uma vantagem, pois em grandes profundidades a alimentação é escassa e não pode ser desperdiçada. O estômago é bastante elástico , o que permite armazenar grandes quantidades de comida. Eles apresentam também bioluminescência , ou seja, são capazes de emitir luz, produzida por bactérias que vivem em sua pele. Trata-se de uma característica muito útil, pois ajuda-os a localizar alimento e a identificar os machos e as fêmeas da mesma espécie, além de servir de armadilha para atrair presas. Os peixes machos da espécie Ceratias Holboelli, quando encontram uma fêmea , passam a viver à custa dela, como parasitas, e seu corpo se modifica a ponto de ser praticamente um reservatório de sêmen. Em algumas regiões do oceano Pacífico , a cerca de 2,5 km de profundidade , foram descobertas comunidades em volta de fendas hidrotermais ou fontes termais submarinas, que expelem água aquecida pala lava do subsolo. Essa água contém água aquecida para lava do subsolo. Essa água contém gás sulfídrico, que é oxidado pelas bactérias quimiossintéticas para obtenção da energia necessária à síntese de matéria orgânica; portanto, elas são os produtores desse ecossistema e sustentam uma cadeia de organismos formada por crustáceos , esponjas e vermes com esqueleto em forma de tubo.
